O
publicitário Washington Olivetto em seu blog (http://bloglog.globo.com/washingtonolivetto/)
sugestiona algumas leituras, que na sua concepção são fundamentais para um
publicitário moderno.
Aproveite
as dicas!
Confissões de um publicitário |
David Ogilvy (Bertrand Brasil, 2008)
A
história da fascinante carreira de David Ogilvy na publicidade contada por ele
mesmo. Seu início, na Inglaterra, copiando a publicidade que era feita nos EUA
e apresentando-a para os clientes como se fosse original; sua brilhante e curta
carreira de chef de cozinha em Paris; sua amizade com Alfred Hitchcock; seu
trabalho no Gallup; a fundação da Ogilvy nos EUA; suas definições, seus
conceitos e seus princípios. Ogilvy, que escreveu seu primeiro anúncio famoso
para a Rolls-Royce, acabou se transformando no Rolls-Royce dos publicitários. E
o livro deixa claro por quê.
Under the radar: Talking to
Today’s Cynical Consumer | de Jonathan Bond e Richard Kirshenbaum (John Wiley
& Sons, 1998)
O livro
sobre publicidade favorito de Valerie Salembier, que já foi publisher da
revista Esquire e atualmente ocupa a mesma função na Harper’s Bazaar; de Jack
Trout, autor de clássicos sobre posicionamento e estratégia de negócios; de
Roger Ailes, chairman da Fox News; de Robert F. Kennedy Jr. e de muitos
publicitários do primeiro time.
Disruption: Overturning
Conventions and Shaking up the Market Place | Jean-Marie Dru (John Wiley &
Sons, 1996)
A França
não se notabiliza por produzir grande publicidade nem grandes publicitários.
Mas, curiosamente, são franceses os publicitários que escreveram alguns dos
bons livros sobre o tema. Jacques Séguéla escreveu o famoso Não conte pra minha
mãe que eu trabalho em publicidade, porque ela pensa que eu sou pianista de um
bordel, livro que poderia perfeitamente estar nesta lista. Mas a opção foi pelo
Disruption — por ser mais recente e exaltar os atos de assumir riscos,
acreditar na intuição e rejeitar o convencional.
The 100 Best TV Commercials …and
Why they Worked | Bernice Kanner (Crown, 1999)
Trabalho
sério de pesquisa que envolveu profissionais do mundo inteiro e chegou à
seleção dos 100 melhores comerciais de todos os tempos. Mostra por que e como
eles foram criados e produzidos e que efeitos geraram. As histórias são
completas, as ilustrações perfeitas e o livro, mesmo sendo didático, consegue
ser divertido. Na lista dos 100 melhores de todos os tempos, dois comerciais
brasileiros: “Primeiro Sutiã” (Valisère) e “Hitler” (Folha de S.Paulo).
Bill Bernbach´s Book: a History of
the Advertising that Changed the History of Advertising | BobLevenson (Villard
Books, 1987)
A
criatividade de Bill Bernbach mudou a história da publicidade. No livro, uma
coleção de clássicos da Volkswagen, Avis, Chivas Regal, Mobil, Porsche etc. São
peças que conseguem encantar e surpreender até hoje o mais exigente dos
leitores e o mais criterioso dos publicitários.
Inventing Desire | Karen Stabiner
(Simon & Schuster, 1993)
Boa parte
da fascinante e turbulenta história da Chiat/Day, agência sensação do mercado
americano a partir dos anos 80, responsável pelo sucesso de marcas como Apple,
Nike e Energizer. Primeira agência a se preocupar com as relações entre
arquitetura e trabalho, tendo até construído sua sede em Venice, Califórnia.
Mas também uma agência com muitos conflitos não só internos, como também com os
clientes, sendo que alguns desses conflitos foram responsáveis por momentos
antológicos na história da publicidade, como a festa oferecida por Jay Chiat no
restaurante Spago, em Los Angeles, para comemorar a perda da conta da Apple.
George, Be Careful: A Greek
Florist’s Kid in the Roughhouse World of Advertising | George Lois (Saturday
Review Press, 1972)
George
Lois, filho de um humilde florista grego, emigrou para Nova York e tornou-se um
ícone da direção de arte em todo o mundo. São antológicas suas capas para a
revista Esquire nos anos 60, que geraram o livro Covering the ‘60s: George Lois
— The Esquire Era. George, be careful traz histórias divertidíssimas e
extremamente humanas e algumas até arrepiantes, como a do dia em que ele quase
jogou um contato da agência do 20º andar de um edifício da Madison Avenue só
porque o tal contato não tinha conseguido aprovar um layout.
Against Gravity, Ed McCabe |
(Grand Central Publishing, a antiga Warner Books, 1991)
McCabe
começou na publicidade como office-boy aos 15 anos de idade e acabou se
transformando no mais jovem redator a entrar para o Copywriters’ Hall of Fame.
Montou uma agência, a Scali, McCabe, Sloves, também muito jovem, ficou muito
rico, virou muso inspirador do filme “Arthur, o Milionário Sedutor”, cansou da
publicidade, vendeu a agência, trocou de mulher e foi fazer o Rali Paris—Dakar,
o mais perigoso do mundo. Nesse livro, ele descreve sua aventura de vida com um
texto primoroso, no qual fatos absolutamente verdadeiros são muito mais
instigantes do que a melhor das ficções.
Creative Company | Andy Law (John
Wiley & Sons, 1999)
Livro da
moda sobre publicidade no ano 2000. Relata a tentativa de um grupo de
profissionais de fazer uma agência absolutamente diferenciada: a St. Luke`s.
Algumas propostas novas, ou aparentemente novas, de trabalho e casos de
sucesso, como a construção da marca Body Shop, fazem parte do livro. Mas o mais
interessante, na verdade, é a descrição da estrutura da agência, uma espécie de
cooperativa de criação, e a história do seu surgimento.
Saatchi & Saatchi: the Inside
Story | Alison Fendley (Arcade Publishing, 1996)
O livro
narra a história dos irmãos Charles e Maurice Saatchi e aborda fatos desde o
nascimento da agência: a extrema criatividade, seu crescimento graças às
ligações com Margaret Thatcher, a ambição desmedida, o gigantesco sucesso que
virou fracasso, a recuperação, o rompimento e a fundação da nova e atual
agência dos dois, a M&C Saatchi. Um livro interessante e honesto da
competente correspondente de mídia do jornal Evening Standard, de Londres.
Adland: a Global History of
Advertising | Mark Tungate (Kogan Page, 2007)
O
jornalista inglês Mark Tungate trabalhou anos na pesquisa desse livro.
Entrevistou Deus e o mundo em tudo quanto é canto. E chegou a um resumo
bastante bom e completo da história da publicidade mundial. O livro foi lançado
na Europa e nos Estados Unidos no final de 2007. E merecia uma tradução
brasileira — até porque um, aliás, dois dos seus grandes destaques são os
capítulos “The Boys from Brazil 1” e “The Boys from Brazil 2”.